A omissão descarada que leva à destruição do nosso patrimônio histórico é um acaso, um descaso ou um plano? A quem interessa um poder público que joga a responsabilidade de um órgão para o outro enquanto imóveis protegidos por lei são destruídos durante mais de dois anos em uma das principais avenidas da cidade? O caso das Casas Modernistas da Rosa e Silva são um ótimo exemplo de um inoperância planejada do nosso poder público, especialmente dos órgãos de controle urbano, que age rápido para reprimir camelô ou troças carnavalescas, mas fica inerte diante da depredação do patrimônio histórico por um especulador imobiliário. Continuar lendo
O sindicato das empresas de transporte coletivo da Região Metropolitana do Recife fez uma proposta imoral de aumento das passagens em mais de 30%. A resposta da sociedade deve ser: aumento zero enquanto não houver transparência completa das receitas e custos do sistema, uma auditoria da contabilidade das empresas, participação efetiva da sociedade nas decisões e um controle real da qualidade do serviço. Do jeito que o sistema de transporte funciona na RMR, temos mais um atentado à democracia nas nossas cidades, com os interesses privados tomando conta de todo serviço público, desde o planejamento, das decisões e dos projetos de infra-estrutura até a análise das tarifas e a fiscalização do serviço. A gestão do transporte aqui é exatamente a raposa tomando conta do galinheiro.
” E as pessoas são torturadas nos terminais e ônibus lotados, têm a vida cotidiana reduzida ao trabalho e ao deslocamento para ele, e ainda têm que pagar caro por isso, por causa de um sistema legitimado por um governo que foi eleito com os votos dessas pessoas e é sustentado pelos impostos delas. E se você protesta contra isso, ainda apanha da polícia e leva spray de pimenta na cara. O mais surpreendente disso tudo é como isso AINDA não resultou numa revolução.” Continuar lendo
por Leonardo Cisneiros, professor da UFRPE e integrante do grupo DIREITOS URBANOS. Saiu no noticiário ontem e hoje que a EMLURB publicou uma portaria de disciplinamento do uso dos parques da cidade, em que a palavra “proibido” ou “proibida” é repetida dezessete vezes, e que inclui regras como a proibição do slackline nas árvores, a proibição … Continuar lendo
“Quando a cidade passa a ser um dispositivo separador, eu sempre digo: mude de nome, não é mais cidade. É qualquer outra coisa. Bote um nome qualquer, mas cidade não é. O atributo da cidade é juntar. Pode chamar de Recife, mas não chame de cidade“. Luiz Amorim, arquiteto e urbanista, professor da UFPE Prezadas … Continuar lendo
O Prefeito quer criar um direito onde a lei anterior já invalidou as licenças e está fazendo isso, como de costume, sem participação popular, com um projeto que não foi objeto de audiências públicas e não passou pelo Conselho da Cidade. E em uma área histórica! Retrocedendo na proteção que a lei já em vigor garante! Tudo isso já bastaria para mostrar a inconstitucionalidade formal e material do projeto de lei. Continuar lendo
O grupo Direitos Urbanos surgiu a partir de um movimento de oposição ao Projeto Novo Recife, cuja mais alarmante característica é o enorme impacto na paisagem que pode ser causado pelas quinze torres de até quarenta andares. Por isso, muitas vezes as questões levantadas pelo grupo são reduzidas, na parte descuidada da imprensa ou pelos … Continuar lendo
A cidade está planejada, mas só não é planejada aos olhos de todo mundo e ouvindo você, os moradores do Coque ou quem passa duas horas em um ônibus lotado para ir de casa ao trabalho. A crise de nossas cidades é também uma crise da democracia. Precisamos garantir que sejamos escutados no planejamento do futuro de nossas próprias vidas na cidade. Continuar lendo
Fotos: 1 e 2. Ana Lira; 3. Eric Gomes; 4 e 5. Keila Vieira; 6. Léo Cisneiros; 7. Maíra Acioli; 8 e 9. Marcelo Soares e 10. Ytallo Barreto Ocupar! Resistir! Insistir! Faz 10 anos. Vinte sete dias de acampamento/ocupação num terreno público que tinha sido vendido a preço de banana para grandes construtoras que … Continuar lendo